segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Marley & Me

Eu me recusei a ler o livro, pra não ficar chorando a cada página, pensando em todos os cachorros que fazem e fizeram parte da minha família. Histórias com cães sempre me fizeram choram. Eu nem mesmo assistia, quando criança, a Sessão da Tarde, se o filme era com a Lessie ou com o Benji, por exemplo.

Eu sabia que a história do Marley não tinha nenhuma tragédia ou crueldade. Muito pelo contrário, o cãozinho foi amado pela família do momento de sua chegada até sua partida. Mas essa é também a história do meu Pitoco, dos dois Banzés, do Corman, do Caco, da Aurora, do Chang, do Viola, do Fubá (labrador amarelo como o Marley), do Tobias...huuuummm...estou esquecendo alguém?

Era também a história de tantos cachorros de amigos. É também a história dos cachorros que ainda vivem comigo. Enfim, era emoção demais e eu resolvi que não iria ler Marley & Eu. De jeito nenhum.

E eis que nesse sábado, num impulso, fui assistir ao filme, o que, creio, provocou um estrago ainda maior. Não é que eu chorei. Eu me acabei. Eu chorei tanto, mas tanto, que meus olhos estavam inchados, sem exageros. Inchados a ponto de eu entrar no banheiro depois do filme e ver um bando de mulheres também com os olhos vermelhos dizer: "nossa, ela está pior que a gente!".

E não é que eu chorei muito só. Eu fiquei triste, pensando em todos os cães para quem ainda falarei adeus. Eu perdi a vontade de comer a pizza depois (apesar de ter ido), pois tudo o que eu queria naquele momento era abraçar o Ulisses e a Penélope, olhar bem nos olhos deles e dizer o quanto, mas o quanto eles são especiais. Não por serem o Ulisses e a Penélope, mas simplesmente por serem cachorros.

E o Marley acabou ajudando esses dois, porque depois de ter uma idéia do quanto esse cachorro aprontou (!!!), eu nem consegui brigar com o Ulisses ontem quando, pela primeira vez em seus quase 4 anos conosco, ele fez um xixi dentro de casa.

Com choradeira e tudo, o filme é muito bonitinho. Valeu a pena.

Um comentário:

Lone D®@gon disse...

Eu confesso... também chorei, e ainda choro cada vez que alguém chega aqui em casa, e diz:

"Pô, você tem o dvd, eu ainda não assisti!..."

Pronto é o suficiente... aí eu me preparo, ou melhor, preparo o lenço, pois é certo que eu vou chorar de novo. Pois eu também já tive outros cães, e acho muito injusto a vida deles ser assim tão curta. Agora eu tenho um novo amigo, Thor, um pastor belga muito do maneiro, agora mesmo enquanto eu tô digitando isso ele está aqui se roçando em minhas pernas com aquele olhar de quero pão (ele adora pão!) e com aquele sorriso de caninos enormes e de língua de fora. E nem gosto de imaginar que um dia, pela lógica (por sinal muita da idiota!), ele irá para o céu dos cachorros se encontrar com Juca, Feio e Diana (e aqui faço a mesma pergunta que você fez: será que eu esqueci de alguém???). Se isto serve de alguma coisa, depois que assisti Marley & Eu no cinema (também não li o livro, achei que não seria uma leitura interessante, me enganei feio), fui ao banheiro do shopping, e lá havia uma cambada de marmanjão com os olhos vermelhos, escondendo o rosto com as mãos ou com a cara enfiada no lavatório. Que bom que nos homens também choramos, mesmo que às escondidas, o ruim, o que também serve para as mulheres, são alguns motivos que nos levam a isso. Um outro abraço!!!