segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ratatouille


Manhã de segunda-feira chuvosa em São Paulo. Eu com muito sono e total preguiça de sair de cama. Mas o dever chama, e lá vou, dar uma olhada no quintal pra ver se tinha uma roupa pendurada no varal, quando dou de cara com uma família de ratos gordos!

Um deles, equilibrado no corrimão, era tão bonitinho e me olhava tão atentamente, que me perguntei que bicho era aquele. Quando percebi que, sim, era um ratão, e não estava sozinho, foi aquele corre-corre danado pra fechar janelas e portas e me trancar dentro de casa. Minha cachorra, valente como toda fêmea, dava cabeçadas pra tentar entrar num buraco no qual nem sua pata cabia. Estava endoidecida tentando pegar os roedores. Já o cachorro, bem...resolveu ir pra perto da minha cama e ficar lá bem quentinho, afinal, a manhã estava cinza, molhada e fria. É, se fosse diferente, teríamos um Pai Natureza, não? E olha que meu pai é meu herói.

Enfim, com todo esse alvoroço, os ratos sumiram e eu me pus a ligar para dedetizadores, médicos, veterinários, bombeiros, polícia etc. O que eu devia fazer? Só não quero dividir minha casa com esses ratos todos.

Só que enquanto eu arquitetava um plano pra acabar com essa família invasora, meu marido ao lado dizia, pra deixar meu coração com remorso, que depois de ver Ratatouille, olhou pro rato e ficou pensando no Remy! E a protetora dos animais sempre fui eu nesse casal!!! Uma vez cheguei a parar o carro e brigar com um cara na rua porque ele chutava cruelmente um rato que já estava zonzo e ensangüentado de tanto apanhar (nossa, eu não sabia que me lembrava disso até esse momento)

Conclusão até agora: na hora do almoço fui até em casa, achei (na verdade o jardineiro da minha mãe achou) dois buracos, que foram hermeticamente fechados. Espero que isso sirva para mantê-los no esgoto ou no quintal do prédio vizinho, que tem um morador extremanente histérico, assim eu não preciso ter a consciência pesada de ter matado o Remy e toda a sua família.

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