sábado, 8 de setembro de 2007

The day after

Ontem, 7 de setembro e dia da abertura da Copa do Mundo de Rugby (sim, isso existe, é o terceiro maior evento esportivo da Terra e a nossa casa estava cheia de jogadores), resolvemos fazer um churrasco para os amigos, que começou às 3 da tarde e acabou às 3 da manhã. Eu me diverti pacas, mas o day after me fez passar por inúmeras sensações.

A primeira, claro, foi o cansaço de ver a casa de pernas pro ar e saber que hoje não tínhamos nossa ajudante. Estou até agora achando latinhas de cerveja vazias pela casa. Resolvi que iria arrumar tudo da melhor maneira possível e taquei uns fones de ouvido nas orelhas. Deu pra lavar, enxugar, guardar, arrumar, aspirar e esfregar tudo enquanto eu cantava e dançava.

Depois foi a hora de separar o lixo orgânico do reciclável. Reciclar o lixo me faz um bem danado. Fico contente vejo aquele lixo limpinho que irá se transformar em outra coisa, mas quando vi, hoje, sacos e mais sacos de lixo amontados juntos, fiquei com uma baita dor na consciência: como conseguimos juntar tanto lixo assim em apenas 12 horas? Eu sei que acumulamos lixo demais, que o planeta não tá agüentando etc etc etc, mas me assustei com a montanha na porta da minha casa!

Resolvi depois lavar o quintal, pois o lixo tinha escorrido, a gordura da carne também, enfim...estava bem nojento.

Muito raramente eu ligo a mangueira e fico lá espalhando água. Gosto tanto de água que faço o máximo possível pra preservá-la. Pelo menos a minha parte tento fazer, mas hoje dei uma desperdiçada. Estava descalça e comecei a sentir a água saindo da mangueira batendo nas pernas e nos pés e me lembrei de quando era criança e homem adulto não tinha consciência (acho eu) de que a água era um recurso finito, e portanto permitia que nós, crianças, ficássemos brincando com o esguicho, um jogando água no outro. Eita coisa boa, como eu adorava isso! Fiquei bastante saudosa e a sensação nos pés foi deliciosa, ainda que a cabeça pesasse um pouco.

Por fim, peguei o rodo para puxar a água e lembrei-me de quando fazia isso no quintal da casa da minha avó Cida. Nesse momento meu coração deu uma apertadinha. Saudade da minha vovó querida!

Um comentário:

clarita disse...

Luuuu
eu também puxava o rodo no quintal da minha avó Lela!! Aliás, estou preparado um post dedicado à ela, o racunho aumenta sempre, mas cada vez é aquele chororô de saudade...Será que consigo terminar algum dia?
Mil beijos,
Lu.