Semana passada tive uma aula na Casa do Saber (sim, ainda estou lá) com o Prof. João Adolfo Hansen, livre-docente em Literatura Brasileira pela USP, que por sinal é um fofo.
No fim da aula ele disse que hoje em dia a única coisa obscena no mundo é a morte. Disse ainda que querem nos fazer acreditar que só vai morrer quem fuma. E acendeu um cigarro logo em seguida.
Ontem um amigo nosso sofreu uma perda e eu mais uma vez me deparei com a força da vida na morte. Basta um segundo. E não há o que fazer quando ela chega. Inclusive meu marido me contou que perguntou para um dos motoristas do IML se ele não se sentia mal em carregar tantos mortes todos os dias, ao que ele respondeu: eu não faço nada além do que já está combinado. Você chegou sabendo que vai, mas não quer acreditar.
E o motorista ainda deu um recado para quem não queria andar com ele no carro (vivo, no banco do passageiro, claro): você pode até não querer sentar do meu lado agora, mas um dia vai deitar aí atrás.
É, a gente vive mesmo como se não fosse morrer. Hoje passei o dia pensando nisso e o mundo toma uma cor diferente, ainda que por poucos segundo.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
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Um comentário:
o blog entrou em greve? o meu tb...ta difícil outra inspiraçao como a do post anterior...
saudades!
Lu
obs: blog associado a perfil. resolvi acabar com a palhaçada.
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