O que mais me diverte nesses emails fraudulentos que recebemos de supostos bancos é o português dos sujeitos, apesar deles estarem ficando bem mais espertos.
O de hoje:
"Cliente Itaú,
Após dia 27/01/2010 o prazo de validade do seu iToken foi expirado, assim necessitando fazer a atualização para a nova versão (ver2.03)".
Amigos, por que "foi expirado?". O prazo expirou, simplesmente expirou.
E esse "necessitando?".
Amigos, amigos, o Itaú toma mais cuidado com o vernáculo, vocês precisam entender isso.
Estou pensando em ganhar uma graninha extra, que será de muuuuita utilidade, aliás, dando umas aulinhas básicas para esses "espertinhos".
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Gente
Eu gosto de gente sincera. De gente que admite não gostar de tudo e de todos. De gente que não acha tudo sempre lindo e bom e agradável, porque isso pra mim é contra a natureza humana e se é contra a natureza, é sinal de essa pessoa é falsa. Falsa com ela mesma, antes de tudo. E não gosto de gente falsa. Não gosto de gente que tenta me enganar. Gosto de gente que quer se agradar e não me agradar, porque a pessoa que se agrada, agrada a todos a sua volta. Ou, pelo menos agrada a mim.
Gosto de gente que admite sentir inveja, intolerância, impaciência, medo, pânico, preguiça, raiva, tristeza, desejo de vingança. Ou seja, gosto de gente que é gente e que admite que é gente. Porque gente é assim: imperfeito em alguns momentos ou aspectos, mas perfeito em outros. Bom e mau. Grande e pequeno.
Gosto de gente direta, que fala o que quer e o que o pensa. E gosto de gente que muda de idéia e se arrepende e volta atrás.
Gosto de gente que não sabe das coisas, ou pelo menos não sabe de tudo. Gosto de gente que gosta de aprender. De gente que não se leva a sério. De gente bem humorada mesmo quando está com um péssimo humor.
Gosto de gente que perde o controle e faz besteira. E conserta. Ou ao menos tenta consertar.
É como escreveu Fernando Pessoa, sob a máscara de Álvaros de Campos:
"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"
Gosto de gente que admite sentir inveja, intolerância, impaciência, medo, pânico, preguiça, raiva, tristeza, desejo de vingança. Ou seja, gosto de gente que é gente e que admite que é gente. Porque gente é assim: imperfeito em alguns momentos ou aspectos, mas perfeito em outros. Bom e mau. Grande e pequeno.
Gosto de gente direta, que fala o que quer e o que o pensa. E gosto de gente que muda de idéia e se arrepende e volta atrás.
Gosto de gente que não sabe das coisas, ou pelo menos não sabe de tudo. Gosto de gente que gosta de aprender. De gente que não se leva a sério. De gente bem humorada mesmo quando está com um péssimo humor.
Gosto de gente que perde o controle e faz besteira. E conserta. Ou ao menos tenta consertar.
É como escreveu Fernando Pessoa, sob a máscara de Álvaros de Campos:
"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Livro de cabeceira
Estou tão cansada que resolvi deitar sem ler, mas aí bati o olho no criado-mudo e "Quando fui outro", uma antologia de prosa e poemas de Fernando Pessoa, organizada por Luiz Ruffato, me chamou.
Abri o livro aleatoriamente no poema Passagem das Horas, que começa assim:
"Trago dentro do meu coração,
Como num cofre fechado que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero".
E depois de ler isso, como posso fechar os olhos e simplesmente dormir???
Abri o livro aleatoriamente no poema Passagem das Horas, que começa assim:
"Trago dentro do meu coração,
Como num cofre fechado que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero".
E depois de ler isso, como posso fechar os olhos e simplesmente dormir???
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Hoje
Estou sentindo que vou virar um balão (não de gorda, mas pode ser também), mas de tantas emoções e sentimentos acumulados dentro de mim, inflando-me, inflando-me, inflando-me até o ponto em que sairei voando por aí.
Se alguém me vir pelos céus, pode me deixar, devo voltar em breve.
Se alguém me vir pelos céus, pode me deixar, devo voltar em breve.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Tempo
Liguei para um cliente e durante a espera fiquei ouvindo uma música da Tracy Chapman: Baby can I hold you tonight. Imediatamente voltei para 1989, para uma festa de 15 anos em Sorocaba, cidade onde cresci.
Lá estava eu, de vestido branco justo e luvas, pois iria dançar a valsa, cabelo arrumado e maquiada, dançando essa música com um paquera (o termo "paquera" já deve mostrar que estou envelhecendo, não?).
Outra dia mesmo vi esse vestido na casa da minha mãe e pra minha surpresa ele não me servia. Não, não é que eu ache que eu tenho o mesmo corpo, claro que não, pois tenho espelho em casa. O susto foi de que eu não tenho mais 15 anos. O susto foi de que desde aquela festa já se passaram mais de 20 anos! Eu não diria que parece que foi ontem, porque não parece. Mas há 10 anos eu até poderia dizer que sim.
Há 20 anos eu era uma adolescente pensando sobre o que eu faria da vida e hoje eu não sou mais adolescente, mas continuo pensando sobre o que farei da vida. Será por isso que não percebi essa passagem do tempo? Isso significa que sou imatura? Perdida? Ou que a vida passa rápido demais? Ou significa que eu não tenho nada melhor pra fazer no momento ao invés de ficar pensando nessas coisas, o que me leva de novo à pergunta: sou imatura e perdida?
Lembro de um dia, quando eu devia ter uns 8 ou 9 anos de idade, conversar com uma amiga e pensar que no ano 2000 eu teria 25 anos de idade. Na hora me imaginei uma senhora segura de si, vestindo um tailler, buscando os filhos na escola depois de um dia de trabalho e pensando no que faria para o jantar.
Uma década já se passou desde o ano 2000 e eu me sinto mais parecida com a menina sonhadora de 9 anos do que com a mulher segura de 25.
Não sei se fico feliz ou triste.
Lá estava eu, de vestido branco justo e luvas, pois iria dançar a valsa, cabelo arrumado e maquiada, dançando essa música com um paquera (o termo "paquera" já deve mostrar que estou envelhecendo, não?).
Outra dia mesmo vi esse vestido na casa da minha mãe e pra minha surpresa ele não me servia. Não, não é que eu ache que eu tenho o mesmo corpo, claro que não, pois tenho espelho em casa. O susto foi de que eu não tenho mais 15 anos. O susto foi de que desde aquela festa já se passaram mais de 20 anos! Eu não diria que parece que foi ontem, porque não parece. Mas há 10 anos eu até poderia dizer que sim.
Há 20 anos eu era uma adolescente pensando sobre o que eu faria da vida e hoje eu não sou mais adolescente, mas continuo pensando sobre o que farei da vida. Será por isso que não percebi essa passagem do tempo? Isso significa que sou imatura? Perdida? Ou que a vida passa rápido demais? Ou significa que eu não tenho nada melhor pra fazer no momento ao invés de ficar pensando nessas coisas, o que me leva de novo à pergunta: sou imatura e perdida?
Lembro de um dia, quando eu devia ter uns 8 ou 9 anos de idade, conversar com uma amiga e pensar que no ano 2000 eu teria 25 anos de idade. Na hora me imaginei uma senhora segura de si, vestindo um tailler, buscando os filhos na escola depois de um dia de trabalho e pensando no que faria para o jantar.
Uma década já se passou desde o ano 2000 e eu me sinto mais parecida com a menina sonhadora de 9 anos do que com a mulher segura de 25.
Não sei se fico feliz ou triste.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Momento Caras
Eu estava me achando porque no aeroporto Charles de Gaulle conversei um pouquinho, um pouquinho só, com o Murilo Rosa e a Fernanda Tavares, por causa do filhinho fofo deles.
Eis que hoje descubro que uma amiga conversou no aeroporto Cumbica com Penélope Cruz e Javier Bardem. Aí não tem pra ninguém!!!
Eis que hoje descubro que uma amiga conversou no aeroporto Cumbica com Penélope Cruz e Javier Bardem. Aí não tem pra ninguém!!!
2010
Caro 2010,
seja bem vindo. Assim como seus antecessores, você foi esperado e recebido com amor e espero que assim nos despeçamos.
Você já deu um belo chacoalhão no Haiti, levou a Zilda Arns e tantos outros anônimos para mim. Em compensação, vi hoje que você poupou um belo menininho de 2 anos, que após 36 horas debaixo dos escombros foi retirado de lá com vida por um anjo disfarçado de bombeiro e ainda pôde esticar os braços para sua querida mamãe. Lá estava também um fotógrafo que registrou os olhos cansados e traumatizados dessa criança, mas ao mesmo tempo brilhantes por estarem vivos e olhando para a pessoa que mais os ama nesse mundo. Agora eu passei a amar essa criança também, ainda que ela não tenha a mínima idéia de quem eu sou.
Nisso você me lembrou seu irmão 2005, que logo no começo de sua vida mostrou ao mundo a força de um tsunami. Sem dizer nos deslizamentos de Angra aqui no Brasil.
Ainda assim, espero ter muitas alegrias junto com você.
Particularmente, você começou me dando alguns sustos, mas mostrando que meu anjo da guarda continua aqui por perto, Amém.
Logo nesse começo eu resolvi dar um chacoalhão em mim mesma e tomei uma decisão muito importante. Se der errado, tento de novo em 2011, 2012, 2013 ou até mesmo em 2045, que eu espero conhecer. Resolvi que não perderei a esperança e a confiança e que lutarei pelos meus sonhos. É uma boa resolução para um ano como você, não?
No mais, desejo que passe por esse planeta trazendo e recebendo muita paz, muita saúde, muito amor e muitas alegrias. Alegria é importante.
Lu
seja bem vindo. Assim como seus antecessores, você foi esperado e recebido com amor e espero que assim nos despeçamos.
Você já deu um belo chacoalhão no Haiti, levou a Zilda Arns e tantos outros anônimos para mim. Em compensação, vi hoje que você poupou um belo menininho de 2 anos, que após 36 horas debaixo dos escombros foi retirado de lá com vida por um anjo disfarçado de bombeiro e ainda pôde esticar os braços para sua querida mamãe. Lá estava também um fotógrafo que registrou os olhos cansados e traumatizados dessa criança, mas ao mesmo tempo brilhantes por estarem vivos e olhando para a pessoa que mais os ama nesse mundo. Agora eu passei a amar essa criança também, ainda que ela não tenha a mínima idéia de quem eu sou.
Nisso você me lembrou seu irmão 2005, que logo no começo de sua vida mostrou ao mundo a força de um tsunami. Sem dizer nos deslizamentos de Angra aqui no Brasil.
Ainda assim, espero ter muitas alegrias junto com você.
Particularmente, você começou me dando alguns sustos, mas mostrando que meu anjo da guarda continua aqui por perto, Amém.
Logo nesse começo eu resolvi dar um chacoalhão em mim mesma e tomei uma decisão muito importante. Se der errado, tento de novo em 2011, 2012, 2013 ou até mesmo em 2045, que eu espero conhecer. Resolvi que não perderei a esperança e a confiança e que lutarei pelos meus sonhos. É uma boa resolução para um ano como você, não?
No mais, desejo que passe por esse planeta trazendo e recebendo muita paz, muita saúde, muito amor e muitas alegrias. Alegria é importante.
Lu
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