terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Livro de cabeceira

Estou tão cansada que resolvi deitar sem ler, mas aí bati o olho no criado-mudo e "Quando fui outro", uma antologia de prosa e poemas de Fernando Pessoa, organizada por Luiz Ruffato, me chamou.

Abri o livro aleatoriamente no poema Passagem das Horas, que começa assim:

"Trago dentro do meu coração,
Como num cofre fechado que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero".

E depois de ler isso, como posso fechar os olhos e simplesmente dormir???

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