Eu não precisei da ajuda da minha terapeuta pra perceber que sou uma pessoa necessitada de emoções. Boas ou ruins, tem que ter adrenalina. Um dia sem uma passagem mais emocionante me deixa com uma sensação de não ter vivido. Como diz minha terapeuta, "tudo sempre muuuuuuito intenso, né Luciana?". É.
Essa foi uma semana assim: inteeeeensa. Começou já na segunda: ansiedade, notícia triste, decepção, desânimo, revolta, muito choro. Aula sobre Proust. Discussões sobre Nelson Rodrigues.
Na terça me animei ouvindo Fernando Pessoa na voz de Paulo Autran. É o mais novo CD no player do carro. Ajuda a impedir um homicídio ou suicídio no trânsito da Marginal Pinheiros. Enfim, na terça tentei esconder a tristeza em garrafas de vinho, o que não facilitou o começo da quarta-feira.
Na quarta descobri que deixei uma amiga chateada e fiquei mais triste ainda. Teve aula com o Zé Celso também. E o stress do MBA. Nem preciso dizer que foi mais uma noite sem dormir.
Na quinta a olheira e o mau-humor já diziam tudo. E aquela tristeza da segunda misturada com a da quarta. E madrugada fazendo trabalho em grupo para esse MBA. Sem comer direito. Terceira noite sem dormir.
E sexta mais ansiedade. Dia de apresentar o business plan no MBA. No final deu certo. Sempre dá. Sempre dá? Acho que não.
E no meio disso tudo tinha também que trabalhar o dia todo. E fazer compras para casa, pois não tínhamos mais água e papel higiênico. Sou uma péssima dona-de-casa.
Hoje as emoções se intensificaram. Preciso baixar a adrenalina. Muitas voltas seguidas numa montanha-russa, por mais que a gente goste, nos deixa mal.
Tô parecendo um copo meio cheio (de ansiedade e revolta) meio vazio. Nem ar tem.
sábado, 25 de agosto de 2007
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