segunda-feira, 30 de julho de 2007

E a sua fiel escudeira...



Essa é a Penélope (ou o perfil dela), depois de sair do banho, ainda no pet shop.

A Gorda é uma praga, vive mordendo as pernas do Ulisses, que apesar de ser muito maior do que ela, chora sofrido, tadinho!

Ela também entra, sobe e deita onde não pode, e ainda finge não saber o que é um "não".

Por isso e um pouco mais, quando colocam esses laços nas orelhas dela, eu digo que ela parece um travesti. Minha traveca mais fofa!!!

E com vocês...Ulisses!!!



A Lu (Por Favor Clarita) me ligou hoje da Espanha. Não falava com ela há muitos anos...fiquei tão feliz com o telefonema.

Lu, essa é a cara do Ulisses fofo e querido!

Vou ver se acho uma de corpanzil da Penélope.

Final de semana

Das coisas boas:

1) dormi bem quentinha
2) almocei com meu pai, que está se recuperando muito bem de uma cirurgia e meses de dor na coluna
3) vi meu irmão
4) comi muito chocolate (daqui a pouco não acharei isso uma coisa boa)
5) assisti "Notas sobre um escândalo"
6) comecei a ler "Um livro por dia"
6) o Pan acabou

Das coisas chatas:

1) passou rápido
2) o frio me fez ficar com medo de passear
3) tive aula sexta à noite e sábado de manhã e prova sábado à tarde
4) percebi o quanto estou de saco cheio desse MBA

sábado, 28 de julho de 2007

O inverno chegou

Acabei de ver no Terra que a sensação térmica hoje em São Paulo poderá chegar a -1. Eu, especificamente, já estou com uma sensação de -10. Tá muito gelado! Depois de um banho com a água a ponto de ebulição, eu juro que fiquei com medo de sair do banheiro.

Agora, isso não é o pior. Veja se não há algo errado nessa casa: há um edredon e três cobertores. Um edredon para o casal de humanos e três cobertores para o casal de berneses. Berneses, veja bem, não estou falando de cachorros com pêlos curtos.

E só agora, quando eu quis algo além do edredon pra me esquentar é que vi que os cachorros usaram todos os cobertores. Isso porque o armário no qual eles ficam guardados no quarto é baixo e vazado e durante a madrugada os bichos puxam todos os cobertores pro chão. É mole?

Aaaahhhhhh

Escrevi e deletei.

Escrevi e deletei.

Escrevi e deletei.

Depois eu volto.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Insônia III...

Primeiro você acha que há algo errado com a posição. Vira de lado e estica as pernas. Vira pro outro, agora com as pernas dobradas. Volta pro outro lado e dobra as pernas. Vira de novo com as pernas esticadas. Deita de bruços. De barriga pra cima. Põe as mãos embaixo da cabeça, embaixo do travesseiro, embaixo do quadril. Deixa as mãos soltas ao lado do corpo. Senta. Deita de novo. De qualquer jeito. Dane-se.

O problema não é a posição. São os pensamentos. Então decide pensar em coisas boas e alegres, que aos poucos irão te fazer dormir feliz. Viagens. Festas. Amigos. Namorados. Sabores. Cheiros. Família. Músicas. Livros. Filmes. Lembra de uma música que sua mãe cantava quando você era criança, justo sua mãe, que nunca canta, e chora de saudade. Sente medo da perda e decide mudar de estratégia.

Orar. Tudo o que você sabe é o Pai Nosso e a Ave Maria, mas o Pai Nosso está bom. Rezar deve acalmar. Reza uma vez, tentando imaginar um céu límpido. Reza outra, tentando imaginar um céu límpido de novo, porque o primeiro estava muito poluído. Reza uma terceira vez e começa a questionar as igrejas e a sua própria fé. Ficou profundo demais para quem só deseja dormir.

Decide ficar em silêncio. Quietinha. O sono virá. Sente falta do barulho da chuva. Escuta apenas a respiração profunda do marido e o ronco dos cachorros. Sente ódio por quem consegue dormir numa hora dessas.

Acha então que o problema está na falta de irrigação do cérebro. Bebe vários copos d'água e espera a hora de ir ao banheiro. Volta pra cama.

Pega no sono de repente, com o rascunho desse post na mente.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cachorros...ops

Acabei de ver o estrago que o Ulisses e a Penélope fizeram no edredon da minha cunhada enquanto se aqueciam nessa manhã fria e chuvosa (como se não bastasse o cobertor próprio que cada um carrega, caramba...eu expliquei pra eles que a raça é originária da Suíça e que eles não precisam deitar num edredon, mas acho que não fui convincente).

Conclusão: estou a caminho de uma lavanderia.

Cachorros...

Meu primeiro cãozinho chegou em casa quando eu tinha uns dois ou três anos. Era um dutchund pretinho, o Pitoco, doado por uma de nossas vizinhas. Meus pais sempre tiveram cachorros e meu pai especificamente achava que não devíamos pagar por algo que não tem preço. Então meu primeiro cão foi um presente da Tia Kay e do Tio Derek.

Logo depois o Pitoco ganhou um irmão de outra ninhada, o Banzé, um dutchund caramelo.

O Pitoco foi o primeiro ser a me ensinar uma grande lição. Eu até hoje carrego uma culpa pelo acontecimento e talvez escrever sobre isso me ajude a expiá-la. Foi assim:

O colégio onde eu estudava, uma vez por ano, se não engano, promovia o Dia dos Animais. Cada criança podia levar o seu animal de estimação para passar o dia na escola. Imagine a zona! Tinha cachorro de tudo quanto é tamanho, gato, passarinho em gaiola, coelho e até sapo! E o mais engraçado é que todos se davam bem. Ficavam lá, ao lado das nossas carteiras, assistindo aula com seus doninhos.

Eis que um ano eu levo o Pitoco no dia errado. Errei. Achei que era o Dia dos Animais e não era. Cheguei lá, com meu pai e meu cachorro na coleira. Só eu com cachorro. Fiquei tão brava com meu erro, era (como ainda é) tão inadmissível eu errar, que eu fiz o quê? Comecei a chutar o Pitoco. Sim, sim, sim. Eu chutava o Pitoco e dizia que ele era um cachorro burro. Não preciso de uma análise freudiana pra entender o que se passou, certo?

O meu pai, acho que não pra não me encher de tapas na frente de todos, disse que ia levar o cachorro de volta pra casa. Passei o dia amargurada e arrependida, claro. Não via a hora de chegar em casa e abraçar o Pitoco e pedir desculpas. Mas o que aconteceu quando eu cheguei em casa? O Pitoco não estava. Nós morávamos numa chácara e os cachorros tinham toda a liberdade para passear por onde bem entendessem, mas o Pitoco, até então, sempre esteve lá. Nesse dia ele sumiu. Ficou fora a noite toda.

Apenas no dia seguinte, quando acordei bem cedo, pude encontrá-lo na porta de casa. Abracei-o com toda a minha força, chorei e pedi desculpas, talvez as mais sinceras que já pedi em toda a minha vida.

Eu sei lá por qual razão ele passou a noite fora, talvez nem fosse mesmo a primeira vez, mas tenho pra mim que ele quis ensinar uma criança a não culpar os outros pelos seus próprios erros.

O Pitoco morreu alguns anos depois, numa briga com os dálmatas da vizinha. Foi minha primeira perda significativa, a que me preparou para tantas outras que tive depois.

Sabe o mais engraçado? No ano seguinte eu levei o Banzé no dia errado. Eu era bem mané, não? Mas dessa vez o Banzé ficou com a gente o dia todo, reinando sozinho na sala de aula, sentadinho ao meu lado. Lembro até que tivemos uma festa de aniversário nesse dia e o Banzé ganhou coxinha e bolo. Se deu bem.

O Banzé, se não estou enganada, morreu atropelado. Depois deles vieram o Caco (uma mistura de cocker com vira-lata), o outro Banzé (irmão de outra ninhada do Caco), o Faro (um fila caramelo), o Corman (um fila cinza) e o Chang (um shar-pei amarelo, o primeiro que meu pai comprou). Todos esses já se foram, deixando suas marcas em cada um lá de casa.

Hoje estamos com Viola (um fox, o mais velhinho), Fubá (labrador amarelo), Branco (labrador preto), Tobias (bulldog inglês), Zeca (poodle branco) e todos os viras que eu e minha mãe tiramos das ruas: Bento, Menina, Boneca, Bionda, Morena, Achado, Matilda e Sasha.

Ah, não posso me esquecer da vira-lata mais especial de todas, que até hoje me faz chorar de saudade: a Aurora, mãe da Bionda, da Morena e do Achado. A Aurorita, que está enterrada sob uma bela primavera lá em casa. A Gorda Vagabunda, que merece um post ou até um livro só pra ela.

E tudo isso eu escrevi porque estava olhando o Ulisses e a Penélope (nossos berneses, os únicos que moram comigo e com o Marcelo) deitados aos meus pés, como se tivessem a missão de me proteger, com aquele olhar de cachorro que me faz chorar de emoção e acreditar que o mundo é, sim, um bom lugar pra se viver.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Insuportável

Sabe o que é pior do que estar deitada numa cama com febre e dores por todo o corpo?

É estar deitada numa cama com febre e dores por todo o corpo assistindo "Amigas com dinheiro".

Que filme é esse???

sábado, 21 de julho de 2007

Jogos panamericanos

Acho que o primeiro esporte que pratiquei foi uma espécie de ginástica olímpica, na ACM em Sorocaba. Eu, que até hoje (ou principalmente hoje) não sei dar uma cambalhota, obviamente não me dei bem. Aqueles saltos sobre o cavalo então, eram um verdadeiro horror: eu ficava ali empacada em cima do cavalo e não ia nem pra um lado nem pro outro. Junto com essa tal ginástica comecei a fazer natação, o que era bem melhor, mas também durou pouco.

Saí para entrar no balé e lá fiquei uns bons anos, apesar da minha frustração de não poder usar sapatilhas de ponta por causa de uma fraqueza no tendão de Aquiles. Acabei largando a dança ao entrar na adolescência e descobrir que sair sábado à noite e ensaiar para o festival domingo pela manhã eram atividades incompatíveis.

Deixei o balé e entrei na fase da academia: aeróbica, step, localizada, musculação e hidroginástica. Tudo o dia todo e todos os dias. Completamente neurótica e viciada, fazia umas cinco horas de ginástica por dia, no mínimo, e só comia alface e chupava gelo. É claro que foi uma época de muitos desmaios, mas eu me achava linda com 56 quilos distribuídos em 1 metro e 78 centímetros. E essa fase de academia durou, mesmo quando saí de Sorocaba e vim pra São Paulo fazer a primeira faculdade. Durou tanto que hoje mal consigo entrar numa academia. Tentei voltar no ano passado e no começo desse ano também, mas acho que atingi meu limite no passado.

E entre o surto e essas tentativas de volta para a academia tentei corrida, natação, dança do ventre, flamenco e yoga, mas começava e parava, apesar de ter gostado de tudo isso. Então há alguns bons meses não faço nada além de dar umas voltinhas com os cachorros.

É claro que no meio de toda essa história eu tinha que freqüentar as aulas de educação física: terrível. Tenho medo de esportes com bola. Handball, por exemplo, fiquei com trauma. Havia uma garota que sempre estava no time adversário e cada vez que ela pegava na bola corria em nossa direção com tamanho ódio no olhar que eu voava para o lado contrário. Vôlei, basquete, queimada, futebol, fosse o que fosse: tem bola? Tô fora. Ah, eu tentei tênis também. Descobri que sou uma negação com a bola mesmo que o esporte não seja coletivo. E por causa da altura sou obrigada a ouvir até hoje pessoas dizendo que eu deveria ser jogadora de basquete. Que saco!

E agora fico vendo os atletas no Pan e tento me identificar com algum esporte, alguma luta alguma coisa. Gostaria de descobrir uma atividade física para a qual me dedicar. Acho legal, mas parece que nada combina comigo. E olha que no Pan deve ter até cuspe a distância. Estou chegando à conclusão de que realmente não nasci pra ser esportista.

E sabe o pior? O médico me fez prometer que voltarei a fazer atividades físicas urgentemente. Eu prometi que começarei na segunda, na "próxima segunda". Então, o que eu faço?

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Oficina

Há mais ou menos um mês comecei a freqüentar uma Oficina de Escrita aqui em São Paulo, com um grupo bem bacana. Nossa coordenadora escolhe alguns temas e/ou estilos para estudarmos, como por exemplo contos fantásticos, conto de fadas, poesia etc. A gente lê, troca idéias e fica por aí escrevendo uns textos...rs. Estou curtindo essas horas semanais.

Quer ver o que está saindo nesses exercícios? Coloquei os textos aprovados por mim e pela coordenadora da oficina no blog www.oficinadalugerbovic.blogspot.com

Na verdade, a produção deveria estar maior, mas não só não fiz os exercícios da semana passada como faltei essa semana...

terça-feira, 17 de julho de 2007

CHEGA!

Acabei de ouvir a notícia sobre o acidente com o avião da TAM em São Paulo. O que estou sentindo é muito estranho, porque parece que não me surpreendo mais. Até hoje lembro do acidente com o Foker 100, também da TAM, no mesmo aeroporto de Congonhas há onze anos. Até hoje vemos os familiares das vítimas nos meios de comunicação clamando pela tal da justiça, a tal que eu aprendi na faculdade de Direito que não existe.

Eu também não me recuperei do acidente da GOL e das vítimas que despedaçaram no meio da mata. O acidente que mudou a história da aviação no Brasil. O acidente que levantou o tapete. E depois disso todo o caos aéreo.

Todos os dias notícias de vôos atrasados, pessoas nervosas, sem dormir, sem comer, sem informação, sem serem respeitadas. E a ministra que lhes pede para "relaxar e gozar".

A preocupação de todos que conheço quando algum familiar ou amigo tem que viajar. Será que chegará no horário? Será que chegará na cidade programada? Será que chegará?

Hoje não chegaram de Porto Alegre em São Paulo. Ontem um avião de outra companhia derrapou na mesma pista de Congonhas. Hoje a derrapada foi fatal.

Continuo ouvindo a TV. Tudo muito estranho porque não consigo ficar chocada ou revoltada como das outras vezes. Parece que essa era uma tragédia anunciada. É como estou sentindo. É como estou me sentindo: vazia. Continuam a nos arrancar a alma. Pode ter sido apenas um acidente, mas coincidentemente ou não ele vem numa seqüência de tragédias e descaso.

E então, já não chega?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Combinação perfeita

Segunda-feira.
Férias.
Chuva batendo na janela do quarto.
Manhã cinzenta e fria.
Cama.
Edredon.
Luminária acesa.
Livro nas mãos.
Cachorros ao redor.

Just perfect...

domingo, 15 de julho de 2007

Momentos

Momento 1:

Nessa semana que passou tirei uma tarde e uma noite para assistir aos filmes O Poderoso Chefão I, II e III. Decidi que gostaria de ler mais sobre a história da máfia e no dia seguinte, quando estou saindo de uma livraria sem ter achado o livro que me motivou a entrar ali, vi piscando para mim um livrão bem grosso: "Cosa Nostra - História da Máfia Siciliana". Eu tinha que levá-lo, mas custava R$ 126,00!!! Como assim, será que parte do preço vai pra máfia?, pensei. Mas eu estava muito influenciada pelo Al Pacino e resolvi comprar o tesouro.

Entrego o livro para o caixa, que passa o leitor de código de barras sobre o livro, e grita:

- Que é isso? Esse livro é carééééééésimo!!!! Que horror!

Eu morri de vergonha, juro, porque ele realmente ficou histérico. E não parou mesmo com outras pessoas nos olhando:

- Isso é um roooooooubo!!!! Como um livro pode custar isso??? Não dá pra acreditar!!! (continuava histérico)

- Viu?, eu disse. Você como funcionário da loja não devia estar dizendo isso e gritando assim, devia?

- Ah, mas não pode. Isso é um roubo.

- Então, mas eu estou permitindo que me roubem. Pára de gritar! Eu quero comprar esse livro.

- Ah, mas depois reclamam que a gente não tem cultura. Como querem que a gente tenha cultura se um livro custa R$ 126,00?

- Existem outros meios mais baratos de se adquirir cultura e livros menos caros também. O preço desse livro, especificamente, não é desculpa pra você não adquirir cultura.

- Ah, mas e os livros da faculdade? Caréééésimos, não dá pra comprar.

- Use a biblioteca, peça emprestado, compre usado. Páre de usar desculpas!

- Ah, mas eu posso comprar, porque graças a Deeeeeus sou funcionário daqui e tenho um descontãããão.

- Bom, então você não devia ficar gritando na frente de um cliente que eles estão me roubando. Ou devia?

Sei lá, só sei que saí rindo com o livro de R$ 126,00 nas mãos.


Momento 2:

Trem do metrô. Dois rapazes bem vestidos, brancos e loiros, daqueles que ninguém se importa de ficar ao lado, só que bêbados. E bebendo mais dentro do trem. Mas eles podem, né? Afinal, nasceram com a cor certa pra isso. Começam a cair em cima das pessoas e a ridicularizar aquelas que resolvem sair de perto. Pela primeira vez eu me dei conta de que não temos para onde correr dentro de um trem em movimento, caso seja preciso.

A próxima estação chega e os dois seres supremos resolvem atirar as latinhas de cerveja vazias para fora do trem, em direção à plataforma. Caíram no chão limpo das nossas estações. Senti um aperto no peito ao ver aquelas latinhas ali e uma vontade enooooorme de arrancar sangue daqueles dois de tanta porrada. Quase perguntei se mais alguém ali não queria me ajudar, mas nessa hora vejo pela janela do trem uma senhora negra, mal vestida, dessas que ninguém quer ficar perto, pegando as latinhas e levando pro lixo. O trem já estava se movendo e eu não pude descer para agradecê-la. Mas passei o dia pensando nela, com muito carinho. Ela me emocionou e me fez esquecer daqueles dois babacas.


sexta-feira, 13 de julho de 2007

E o Lula não falou na abertura do Pan...

Agora estamos na seguinte discussão em casa: a vaia foi uma manifestação válida do povo brasileiro que demonstrou não estar contente com o dirigente do país ou foi um ato de pessoas ridículas que não sabem separar o político do representante máximo da nação, que nesse momento estava apenas sendo o anfitrião? Foi oportunismo de um povo que não sabe como se manifestar? Ou não?

PS: já em relação às vaias para as delegações dos Estados Unidos, Bolívia e Venezuela, devo dizer que me encheram de vergonha. Não somos capazes de separar esses atletas dos políticos? O mais triste é que no dia seguinte à abertura vi jovens de 15 anos vibrando com erros das ginastas americanas, por exemplo, achando que com isso estavam defendendo os povos árabes ou a paz. Se tomarmos por base o motivo dessas vaias, então devo concluir que as vaias para o Lula foram manifestação da ignorância. Mas nós brasileiros somos tão amorais, tão sem caráter definido, que eu não consigo chegar a uma conclusão.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Cinema no feriado

O feriado de Nove de Julho começou com preguiça (claro) e um filme num desses Telecines da vida: Paparazzi. Na verdade, achei uma grande bobagem, mas assisti até o final. Eu não sei quem dirigiu, nem quem é o ator principal, mas esses caras (assim como os famosos que fizeram uma ponta no filme) devem odiar, mas odiar com todas as forças, os paparazzi. Como disse o maridão, a idéia do filme deve ter surgido num momento de fúria. "Vamos fazer um filme pra acabar com os paparazzi?". Não que eu admire o "trabalho" de um paparazzo, mas fiquei apenas me perguntando se o cara exagerou ou não.

Na hora do almoço, às 13h30, fomos acompanhar nossas afilhadas ao cinema. Eu nunca imaginei que às 13h30 o cinema estaria lotado! Como disse nosso "cumpadi", as crianças acordam às 07h00 e 13h30 já é meio da tarde. O filme: "Ratatouille". Impressionante o que estão fazendo com a animação digital! Em alguns momentos achava que estava vendo uma fotografia. E o Remy é um fofo!!! O único problema foi que saí do cinema com vontade de comer aqueles pratos preparados pelo chef Remy e tive de me contentar com um "América".

Do cinema passamos na locadora e saímos com "O amor não tira férias" ("The holiday" - queria que um dia alguém me explicasse o processo de tradução de títulos de filmes, mas deixa isso pra depois). Eu já havia recebido várias indicações desse filme, mas estava com certa bronca porque eu sabia que era uma cópia do "Tara Road" (e é mesmo), mas era final de feriado, aquela vontade de ver uma história romântica etc etc etc: levamos. Eu gostei, chorei pra caramba com o Arthur Abbot e fiquei com vontade de morar num chalé no interior da Inglaterra. Acho que será mais fácil saborear os pratos do Remy...

domingo, 8 de julho de 2007

Suíça brasileira: show de horror

Ontem foi a abertura do Festival de Inverno de Campos do Jordão e o Marcelo deveria ir até lá trabalhar. Resolvi que iria acompanhá-lo (e relembrar a época em que eu produzia a transmissão ao vivo da abertura pela TV Cultura - e não gostava) e na hora de ir resolvemos levar o Ulisses e a Penélope, nosso casal liiiiindo e queriiiiido de berneses.

Fomos direto para o Auditório Cláudio Santoro, o Ulisses e a Penélope ficaram excitadíssimos com o ambiente diferente e enquanto o Marcelo trabalhava, eu era quase arrastada pelos dois ao redor do auditório. Mas até que eles conseguiram curtir a baixa temperatura de Campos e ficar deitados no gramado frio por um bom tempo.

Depois que a TV Cultura entrou no ar e tudo começou a correr bem, o Marcelo resolveu que queria chocolate e fomos até o centro. Enquanto ele procurava um lugar para estacionar, eu desci e fui até o Montanhês: uma fila ridícula, mas ridícula mesmo, para comprar os chocolates. Foi o que bastou para meu mau-humor vir à tona. Mas continuei lá pelo Marcelo. Pedi quatro ramas de chocolate, dois bombons de marshmallow e um punhado de crocante coberto de chocolate. Minha comanda apontou R$ 45,50! Esperá lá, eu estava comprando só chocolate, e no Montanhês. Fui olhar os preços e descobri que alguns chocolates são vendidos a R$ 300,00 o quilo!!! Larguei tudo lá, bufando de ódio, e fui para o concorrente: comprei muito mais por R$ 30,00.

Na rua, uma visão do inferno: calçadas imundas, com tudo quanto é tipo de papel e comida jogados. As lixeiras transbordavam, não dando conta de receber todo o lixo que aquela multidão produzia. Em qualquer loja ou restaurante havia filas enormes. E o pior de tudo: uma mulherada vestindo casacos de pele de vison, de onça, de tigre, de zebra, de urso. Só faltou a pele de porco, que era o mais apropriado para o local (os porcos que me perdoem pela ofensa). Além do desfile de peles em Campos do Jordão, não dava para agüentar a pose e a falta de educação, pois por alguma razão as pessoas que lá estavam devem achar que passar o inverno em Campos é um programa reservado para poucos privilegiados financeiramente, e como a maioria do ricos (principalmente novos ricos) nesse país, acham que o dinheiro está acima da lei e se dão o direito de fazer o que bem entendem, desde jogar lixo na rua (eles pagam impostos para os garis limparem) até largar o carro no meio da rua (eles têm pressa e não podem ficar rodando à procura de uma vaga).

Todos ali aparentemente se sentiam nos Alpes suíços, só se esquecendo de que os suíços são educados e pensam no coletivo, justamente por serem educados.

Não tive outra alternativa, a não ser sair correndo de lá e prometer que não volto mais para Campos em julho, nem que seja para passar uma horinha.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Um dia a gente aprende?

Ontem fiz a última prova do MBA que cursei durante um ano e meio com uma turma muito legal. Na verdade ainda temos um "business game" e eu ainda tenho uma matéria pra refazer (uma reprovação mesmo), mas o fato é que essa turma não se reunirá mais todas as noites de terça e quinta.

Estávamos tão ansiosos pra fazer e terminar essa última prova que quando alguém, já no bar depois da aula, disse que estava nostálgico, nos demos conta de que a turma em si acabou. Aí começou aquela conversa de nos encontrarmos todas as semanas, meses, anos etc., mas todos sabem o que vai acontecer.

Eu olhei pra todos ali e percebi que vou sentir muita falta das pesssoas, do nosso aprendizado, das nossas piadas e dos professores. Ficou uma sensação de que aproveitei pouco essa convivência, como sempre fica depois de um curso, de um trabalho e de uma viagem. Pelo menos na maioria das vezes o lado bom das coisas sempre é maior que o lado ruim, mas parece que a gente só enxerga isso depois que já passou.

PS: apenas não me confundam com aquelas pessoas que mesmo na situação mais f.d.p. que existe fica dizendo pra olhar o lado bom das coisas, porque algumas experiências são péssimas mesmo e só há o lado ruim, como o LP do Wando (ou do Oswaldo Montenegro, como diz o maridão).

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Insônia II...

Mais um começo de noite sem sono. Os cachorros já estão embaixo da cama nos braços de Morfeu, o marido ainda está no trabalho, os amigos estão sumindo do msn e já não atendem o telefone e eu aqui querendo falar, falar, falar....

Preciso distrair a ansiedade.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Insônia...

...é o que resta para uma pessoa que nasceu com nível de ansiedade acima do aceitável que está ansiosa.

domingo, 1 de julho de 2007

Domingão

Preguiça de estudar para as provas dessa semana que chega, preguiça de ler os quatrocentos livros de cabeceira, preguiça de caminhar com os cachorros, preguiça de tirar o pijama, preguiça de fazer um almoço (essa faz parte da minha essência), preguiça de almoçar fora, preguiça de ver um fime...ai, ai...preguiça até de dormir!