sábado, 21 de julho de 2007

Jogos panamericanos

Acho que o primeiro esporte que pratiquei foi uma espécie de ginástica olímpica, na ACM em Sorocaba. Eu, que até hoje (ou principalmente hoje) não sei dar uma cambalhota, obviamente não me dei bem. Aqueles saltos sobre o cavalo então, eram um verdadeiro horror: eu ficava ali empacada em cima do cavalo e não ia nem pra um lado nem pro outro. Junto com essa tal ginástica comecei a fazer natação, o que era bem melhor, mas também durou pouco.

Saí para entrar no balé e lá fiquei uns bons anos, apesar da minha frustração de não poder usar sapatilhas de ponta por causa de uma fraqueza no tendão de Aquiles. Acabei largando a dança ao entrar na adolescência e descobrir que sair sábado à noite e ensaiar para o festival domingo pela manhã eram atividades incompatíveis.

Deixei o balé e entrei na fase da academia: aeróbica, step, localizada, musculação e hidroginástica. Tudo o dia todo e todos os dias. Completamente neurótica e viciada, fazia umas cinco horas de ginástica por dia, no mínimo, e só comia alface e chupava gelo. É claro que foi uma época de muitos desmaios, mas eu me achava linda com 56 quilos distribuídos em 1 metro e 78 centímetros. E essa fase de academia durou, mesmo quando saí de Sorocaba e vim pra São Paulo fazer a primeira faculdade. Durou tanto que hoje mal consigo entrar numa academia. Tentei voltar no ano passado e no começo desse ano também, mas acho que atingi meu limite no passado.

E entre o surto e essas tentativas de volta para a academia tentei corrida, natação, dança do ventre, flamenco e yoga, mas começava e parava, apesar de ter gostado de tudo isso. Então há alguns bons meses não faço nada além de dar umas voltinhas com os cachorros.

É claro que no meio de toda essa história eu tinha que freqüentar as aulas de educação física: terrível. Tenho medo de esportes com bola. Handball, por exemplo, fiquei com trauma. Havia uma garota que sempre estava no time adversário e cada vez que ela pegava na bola corria em nossa direção com tamanho ódio no olhar que eu voava para o lado contrário. Vôlei, basquete, queimada, futebol, fosse o que fosse: tem bola? Tô fora. Ah, eu tentei tênis também. Descobri que sou uma negação com a bola mesmo que o esporte não seja coletivo. E por causa da altura sou obrigada a ouvir até hoje pessoas dizendo que eu deveria ser jogadora de basquete. Que saco!

E agora fico vendo os atletas no Pan e tento me identificar com algum esporte, alguma luta alguma coisa. Gostaria de descobrir uma atividade física para a qual me dedicar. Acho legal, mas parece que nada combina comigo. E olha que no Pan deve ter até cuspe a distância. Estou chegando à conclusão de que realmente não nasci pra ser esportista.

E sabe o pior? O médico me fez prometer que voltarei a fazer atividades físicas urgentemente. Eu prometi que começarei na segunda, na "próxima segunda". Então, o que eu faço?

3 comentários:

Anônimo disse...

JA PENSOU EM HIPISMO OU COISA DO GENERO? ACHO QUE VC TEM PORTE PRA PRATICAR UM ESPORTE DESSE TIPO! ACHO ELEGANTE!
EDUARDO

Lu Gerbovic disse...

Eduardo, sabe que já pensei? Mas a última vez que tive que dar ordens para um cavalo me senti muito mal!!! Resolvi ontem dar uma corridinha na esteira mesmo. Tentarei hoje de novo, apesar da dor nas pernas!!! Senhoooooor...

Cris Degani disse...

lu, vem comigo no ibira. tô tentando de novo. se meu din din permitir, quero voltar ao flamenco, mas só volto com vc.

bj
Cris.