Há muito tempo deixei de ver novelas. Acho que foi por volta de 1995, quando comecei a trabalhar muito à noite como produtora na TV Cultura. Depois larguei a televisão para estudar Direito no período noturno e quando terminei a faculdade simplesmente não tinha mais paciência para as mesmas fórmulas.
Ontem, porém, sozinha em casa na hora do jantar, resolvi ligar a TV e dei de cara com a novela das oito, hoje das nove, da Globo. Não sei do que se trata (a não ser que tem uma gêmea má e uma boa, haja paciência) e não sei o nome das personagens também. Só que, talvez sensibilizada pelo meu atual momento de vida, assisti com muito interesse à cena em que o personagem do Daniel Dantas dizia para a filha, prestes a se casar apenas para satisfazer a mãe (foi o que entendi), que ele passou a vida num emprego do qual ele não gostava para dar alguma segurança e conforto para suas filhas. Esse pai assegurou à filha, por experiência própria, que não valia a pena abrir mão dos sonhos em busca da segurança (obviamente num texto mais elaborado, o qual não consigo reproduzir aqui e agora).
Já disse que estou num momento muito particular, e devo mencionar ainda a TPM, que me faz chorar em comercial de sabão em pó, mas quando esse pai, vivido pelo Daniel Dantas, disse que optar por uma vida medíocre simplesmente não valia a pena, eu vibrei com a cena.
Agora me pergunto: os textos das novelas realmente melhoraram ou é que estou num momento muito brega da vida?
terça-feira, 26 de junho de 2007
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