É de presentes como esse que falei abaixo. Esse texto, escrito pela minha querida Maice Glaser. Obrigada, Maice!
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Para Lu
Lindo domingo de sol em São Paulo. A semana do Natal começa. No entanto, o jornal que leio pela manhã fala da criança com agulhas no corpo, introduzidas pelo padrasto, dos pais que serão julgados pela morte da filha que foi jogada pela janela de um prédio, do deputado corrupto que esconde dinheiro nas meias e na cueca, da censura que volta à imprensa, dos gases que poluem a atmosfera, da falta de respeito e humanidade.
Depois de uma hora de leitura, com os dedos sujos da tinta escura e a mente suja de notícias, chego a um caderno especial com contos de Natal. São nove contos escritos por ficcionistas de várias gerações e diferentes estados do país. No final do caderno, o clássico “Missa do Galo” de Machado de Assis.
A leitura dos contos foi um presente. Me fez pensar na mágica e na riqueza da literatura, com seu poder de transformar, gerar, transcender. Estes escritores vieram de várias épocas, várias cidades, várias experiências e todos, cada um a seu modo, me tocou e me emocionou. Estes, também andam pelas ruas, também fazem ou fizeram parte de suas cidades. Estes também lêem os jornais e sabem das agulhas cravadas em almas, da falta de esperança e de compaixão. No entanto, escrevem sobre vidas. E iluminam vidas.
Neste Natal, tenho muito que agradecer, mas hoje, agradeço a vocês, escritores, por me lembrarem que sob o sol de São Paulo, também caminham homens e mulheres bons. Também caminham esperanças, dignidade e principalmente motivos para se escrever Contos de Natal.
Lu, minha amiga escritora, que eu sei, acredita e escreve o ano todo, Contos de Natal.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
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2 comentários:
Lu... nessa eu só posso dizer quatro palavrinhas:
Eu assino em baixo!
Você me deu um presente, me add no MSN, obrigado!
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